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sexta-feira, agosto 18, 2006
HISTÓRIA DO CASTELO DE SOURE
Castelo de Soure localiza-se na vila, Freguesia e Concelho de mesmo nome, Distrito de Coimbra, em Portugal.
Ergue-se no vale do baixo rio Mondego, numa colina baixa, formada por aluviões, na confluência do rio Anços e o rio Arunca, tendo a vila se desenvolvido ao abrigo de seus muros.
Actualmente em ruínas, integrava a linha avançada de redutos defensivos de Coimbra, juntamente com os castelos de Santa Olaia, Miranda do Corvo (já desaparecidos), Montemor-o-Velho, Penela e Lousã. Faziam também parte da linha defensiva de Coimbra as fortificações de Germanelo (Rabaçal), Ega, Redinha e Pombal.
História
Antecedentes
O rio Arunca foi, até à época medieval, navegável por barcos de pequeno calado entre Soure e Alfarelos). Por aqui se escoavam os produtos da região (trigo, centeio, cevada, azeite, vinho, linho, cânhamo, mel, cera), além da abundância de caça e pesca. Deste modo, a primitiva ocupação humana da região é bastante antiga.
À época da ocupação romana da península Ibérica, acredita-se que um pequeno destacamento aqui se tenha instalado, para guarnecer a estrada que seguia para Coimbra. Dessa ocupação são testemunho diversas pedras posteriormente aproveitadas para a construção do castelo medieval. O mesmo se pode afirmar para o período posterior, de ocupação pelos Suevos e pelos Visigodos.
O castelo medieval
Na ausência de informações documentais, discute-se a primitiva fortificação de Soure, erguida à época das lutas da Reconquista cristã: alguns pretendem atribuí-la aos muçulmanos, por volta do século IX, parecendo mais certo datá-la algum momento do século X, entre 1064 e 1111. Os defensores da primeira data atribuem-na ao Conde Sesnando Davides, a quem Fernando Magno entregou o governo da região após a conquista de Coimbra em 1064. Os defensores da segunda argumentam que integrante dos domínios do Condado Portucalense, visando incentivar o seu povoamento e defesa, o Conde D. Henrique outorgou foral à povoação (1111), iniciando-lhe a defesa casteleira. Há consenso, entretanto, de que o castelo foi erguido às pressas, conforme testemunha o aparelho de seus muros, aproveitando-se dos restos de construções de épocas anteriores, tendo sofrido, em diversas ocasiões, o assalto de forças muçulmanas, não raros na região cuja posse só foi definitivamente assegurada para os cristãos após a conquista de Santarém em 1147, por D. Afonso Henriques (1112-1185).
A medida povoadora do Conde D. Henrique não surtiu maior efeito uma vez que, em 1116 uma grande ofensiva muçulmana, visando retomar a região de Coimbra, afugentou a população de Soure, que, incendiando a povoação atrás de si, acorreu a refugiar-se
Uma nova iniciativa para o repovoamento de Soure registrou-se quando a condessa D. Teresa, já viúva, doou os castelos de Soure, Santa Eulália e Quiaios ao conde Fernão Peres de Trava, por permuta com o de Avô (1122). Nesse período, a defesa dos domínios da Vila Nova de Soure e seu castelo foi confiado a Gonçalo Gonçalves, um fidalgo de Viseu, que se destacaria na conquista de Santarém (1147).
Mais tarde, a condessa D. Teresa concedeu à Ordem do Templo o Castelo de Soure e todas as terras entre Coimbra e Leiria, vindo a constituir estes domínios a sede da Ordem em Portugal, anteriormente em Fonte da Arcada, no Minho (19 de Março de 1128). Esse ato foi confirmado no ano seguinte pelo então Infante D. Afonso:
“ (...) esta doacção faço, não por mando, ou persuasão de alguém, (...) e porque em a vossa Irmandade sou Irmão (...). Eu o Infante D
. Afonso com a minha própria mão roboro esta carta." (excerto da carta de doação de Soure por D. Afonso Henriques aos Templários, 1129).
A acção de expansão de expansão dos Templários, entretanto, seria interrompida por uma nova contra-ofensiva muçulmana que, em 1144, tomou Soure, matando ou levando prisioneiros para Santarém muitos dos seus habitantes:
Com a extinção da Ordem, os domínios de Soure e seu castelo passam para a Ordem de Cristo, através de Bula papal de 14 de Março de 1319, constituindo-se de imediato como cabeça de comenda.
Durante a crise de 1383-
Do século XIX aos nossos dias
Até ao século XIX o castelo conservou-se na posse da Ordem de Cristo. Neste século, duas torres do castelo foram vendidas por João Ramos Faria a João Lobo Santiago Gouveia, conde de Verride. Ao final do período, em
Na primeira metade do século XX pertenceu ao poeta Santiago Presado, que, na década de 1940, o colocou à disposição da Câmara Municipal. À época, esta não legalizou a oferta. O castelo foi classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 5 de Abril de 1949.
Em (1973), o castelo foi colocado à venda em hasta pública pelo valor matricial de 60.480$00, embora a transacção não fosse efectuada pelo Estado português.
Características
Castelo de planície, é um raro exemplar da arquitectura militar proto-românica no país, com vestígios de obras no período gótico e manuelino. De pequenas dimensões, apresenta planta rectangular, em aparelho de alvenaria de pedra rude, tendo sido predominantemente utilizado como residência (alcáçova).
Primitivamente contava quatro torres, uma das quais, a Nordeste, recolhida, e as outras três salientes. Subsistem apenas aquela e a de Sudoeste (dinamitada parcialmente em 1880); a primeira seria a mais forte, provavelmente com a função de Torre de Menagem, com janela rasgada a pleno centro no segundo registro, remontando ao século XV ou XVI, a avaliar pela configuração das ameias.
Acede-se ao pátio de armas do castelo por um portão em arco rasgado junto à torre Nordeste, abrindo-se nesse pano de muralha quatro frestas no primeiro registro e quatro frestas no segundo. A torre Sudoeste apresenta a Norte duas janelas em arco e a Sul duas frestas e uma janela em arco entaipada, ao lado de janela de recorte quadrado.
Com o passar dos séculos, o castelo perdeu o seu carácter defensivo, confundindo-se e envolvendo-se no seguimento do casario. Esse facto retirou-lhe o enquadramento histórico necessário, prejudicando a apreciação do monumento. Junto ao Castelo de Soure, a Leste no exterior, encontram-se as ruínas da Igreja da Nossa Senhora da Finisterra, que seria constituída por uma única nave com quatro colunas que sustentavam o telhado.

DADOS DE SOURE
É sede de um município com 263,91 km² de área e 20 941 habitantes (2001), subdividido em 12 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Montemor-o-Velho, a nordeste por Condeixa-a-Nova, a leste por Penela, a sueste por Ansião, a sul por Pombal e a oeste pela Figueira da Foz.
População do concelho de Soure (1801 – 2004)
1801
1849
1900
1930
1960
1981
1991
2001
2004
As freguesias de Soure são as seguintes:
- Alfarelos
- Brunhós
- Degracias
- Figueiró do Campo
- Gesteira
- Granja do Ulmeiro
- Pombalinho
- Samuel
- Soure
- Tapéus
- Vila Nova de Anços
- Vinha da Rainha
LISTA DE PATRIMÓNIO EDIFICADO EM SOURE
quinta-feira, agosto 03, 2006
RIOS

- O rio Arunca é um rio português que nasce perto da povoação de Albergaria dos Doze,
a nascente encontra-se situada na freguesia com o mesmo nome, no concelho de Pombal, Distrito de Leiria. - Correndo no sentido Sul-Norte, passa por Albergaria dos Doze; Pombal; Soure e Vila Nova de Anços, estas duas últimas localidades já no concelho de Soure e Distrito de Coimbra.
- Desagua na margem esquerda do Rio Mondego, em plena região do Baixo Mondego, a três
quilómetros a jusante da vila de Montemor-o-Velho, após percorrer 60 quilómetros.
Altitude da nascente: N/D
Comprimento: 60 km
Débito médio: N/D
Área da bacia: N/D
Nascente: Albergaria dos Doze
Foz: Mondego
RIO ANÇOS

O Rio Anços é um rio português que nasce no local de Olhos d´Água, junto da povoação de Arrancada, na freguesia da Redinha, concelho de Pombal e distrito de Leiria.
Após um percurso de cerca de quinze quilómetros, desagua na margem direita do Rio Arunca, na vila e concelho de Soure, do distrito de Coimbra.
Concurso Água = H2O
Vencedor: Escola Básica do Pinheiro
Era uma vez um rio chamado Anços que se foi juntar ao rio Arunca em Soure.
Quando o rio Anços se aproximou do Arunca ficou assustado.
- Ai mãe do céu. Que cheiro é este!? – perguntou o rio Anços.
- Sou eu, já me estás a cheirar.
- Que nojo, estás todo poluído eu nunca fui assim.
- Sabes, eu já fiz uma boa caminhada até aqui e passei por Pombal que já se tornou uma cidade e faz despejos para dentro de mim todos os dias. E tu como consegues chegar aqui tão limpo? – perguntou o rio Arunca.
- Sabes, eu cheguei aqui limpo porque venho de perto à vista do homem.
- Como é isso possível?
- Eu nasço perto da Redinha mas já tenho um bom percurso debaixo da serra e aí não sou poluído. Nesta viagem que faço a descoberto também não encontro grandes povoações e tu sabes que o homem é o nosso maior inimigo.
- Tens razão tudo o que não presta o homem despeja para dentro de nós sem pensar o mal que está a fazer a ele próprio. Mas junta-te a mim para eu ficar menos poluído.
O rio Anços aceitou mas com um pouco de má vontade, pois já estava com saudades das suas margens verdejantes que ficavam para trás. O rio Arunca ficou todo feliz por receber água límpida.
O rio Anços ao juntar-se a ele até se arrepiou ao entrar numa água tão suja e tão mal cheirosa mas lá se foi habituando.
Pouco depois dos dois rios passarem Soure, as margens do rio voltaram a ser verdejantes. No lado esquerdo eram só campos de arroz, milho, batatas, feijão… Do lado direito mais árvores.
- Viste! Eu não te disse se nós nos juntássemos poderíamos ter um percurso melhor?! – disse o rio Arunca .
- Tens razão, agora estou contente.- Porquê? – perguntou o rio Arunca.
- Porque voltei a ter as minhas queridas margens verdejantes.E lá foram os dois amigos à conversa até ao rio Mondego. Quando lá chegaram o rio Arunca reparou que o Mondego estava mais sujo do que ele, antes de se juntar ao rio Anços.
- Estás todo sujo e todo poluído. Quem é que te poluiu? – perguntou o rio Arunca ao rio Mondego.
- Sabes, é que eu sou muito grande e passo por muitos sítios poluídos.
- Então é por isso que eu vinha mais sujo do que o rio Anços.
- É claro, os rios maiores são mais poluídos do que os pequenos porque passam por muitas terras. – disse o rio Mondego, mas nem tudo é mau. Sabem eu sou muito útil para as pessoas mesmo assim.
- Então o que fazes?
- Ainda a meio do meu percurso os homens fizeram uma barragem que produz electricidade, armazena a minha água …Em Coimbra as pessoas utilizam-me em suas casas para tudo o que é preciso.
- Mesmo assim poluído!?
- Pois então. A minha água é tratada e depois pode ser utilizada.
- Mas disseste que a barragem armazena a tua água. Para quê?
- Para durante o Verão os homens terem sempre água para beber, regar os seus campos e terem sempre electricidade, mas não falemos mais de mim. Andem comigo eu tenho uma surpresa para vós.
- O que é? – perguntaram os dois rios ao mesmo tempo.
- Juntem-se a mim que levo-os lá.
Os dois rios juntaram-se ao Mondego tentando-o, convencer a dizer qual era a surpresa, mas ele não disse.
Quando chegaram à Figueira da Foz o Mondego perguntou:
- Gostam da surpresa?
- Ò se gostamos!! Adoramos. Que imensidão de azul. O que é?
- É o Oceano.
- Parece o céu virado ao contrário disseram.
Os três amigos lá se juntaram ao Oceano contentes por fazerem parte daquele Mar imenso. "